sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Jacques Villeneuve participa da Stock-car em Interlagos





Sou um fã declarado dos filhos de pilotos que tem o arrojo como uma das principais qualidades em seu estilo de pilotagem. Aprendi admirar o Gilles Villeneuve vendo suas corridas da F1 em DVD, por conta disso passei a torcer e acompanhar a carreira de seu filho Jacques Villeneuve. Piloto que depois de um inicio difícil nas categorias de base com a F3 Italiana e Japonesa, começou a crescer quando voltou para a America e ganhou corridas na F-Atlantic e F-Indy, no qual venceu o Titulo em 1995 e de quebra foi o vencedor das 500 milhas de Indianápolis, corrida alias que o meu outro ídolo das pistas Christian Fittipaldi chegou em Segundo. Confira abaixo a ótima entrevista que o jovem e competente repórter da Jovem Pan, Felipe Motta fez com o Jacques Villeneuve durante os treinos para a corridas da Stock Car.

Entrevista:
A Corrida do Milhão da Stock Car tem em 2011 um convidado ilustre: Jacques Villeneuve. Campeão da Fórmula 1 e da Fórmula Indy, além de ter vencido as 500 milhas de Indianápolis, o canadense competirá com o carro da equipe Shell V’Power em Interlagos ciente das dificuldades de conquistar um bom resultado pela pouca familiaridade com o carro da categoria.
Após os primeiros treinos do fim de semana, Villeneuve me recebeu no box de seu time. O canadense, com sua conhecida espontaneidade, analisou longamente a situação de Felipe Massa na comparação com Fernando Alonso. “Felipe venceu corridas e quase venceu um campeonato, talvez dois. É um grande piloto”. Além de opinar sobre o brasileiro, Villeneuve relembrou o pai, Gilles, e defendeu o retorno de Michael Schumacher: “Acho uma discussão estúpida. Michael é sete vezes campeão do mundo. Não há o que falar”.

JOVEM PAN: Você tem longa experiência em monopostos. Agora está competindo em turismo. A adaptação é difícil?

JACQUES VILLENEUVE: Sim. São duas coisas bem distintas. Não são as mesmas referências mas é possível se divertir com os dois tipos de carros.

JOVEM PAN: A Nascar cresce aos poucos no Brasil com a presença de Nelsinho Piquet e Miguel Paludo na Truck Series. Você tem interesse em competir lá?
JACQUES VILLENEUVE: Claro. Venho tentando. Mas não é fácil conseguir a condição ideal para fazê-lo em relação a times e patrocinadores.

JOVEM PAN: Interlagos você conhece bem. Agora há uma chicane. O que você acha do circuito?

JACQUES VILLENEUVE: Acho que todos aqui conhecem a pista e a chicane é nova para todos. Não acredito que haja vantagem para ninguém. Eu não sou fã de chicanes, nunca gostei. Vai mudar muito a característica da pista, porque agora eu acho que a reta ficou menor, quase que pela metade. Mas a pista é boa e com este carro é possível se divertir.

JOVEM PAN: A Renault se junta novamente a Williams, combinação que te deu o título mundial. Era o que faltava a Williams para voltar às vitórias ou o problema é maior?

JACQUES VILLENEUVE: O problema é maior, sem dúvida, mas é um grande passo adiante no caminho de voltar a ser um time forte. Além disso, sei que a Williams mudará bastante a parte técnica, com novos engenheiros. Isso também é importante.

JOVEM PAN: Felipe Massa foi seu companheiro na Sauber em 2005. Em 2008, ele foi capaz de bater Raikkonen na Ferrari, um piloto mais cotado do que ele. Agora ele sofre muito para desafiar Alonso. Você acha que Fernando é bem melhor do que Kimi ou Felipe não é mais o mesmo após o acidente?

JACQUES VILLENEUVE: Acho que ele é o mesmo. Kimi, na minha opinião, estava desinteressado e Felipe o derrotou com facilidade. Há sempre um ou dois anos em que as coisas não andam bem. O carro não encaixa ao seu jeito, as coisas não funcionam. É preciso pouco na F-1 para que elas não estejam em seu nível máximo. Um outro problema é que Felipe venceu Kimi com facilidade. Se Kimi venceu o Mundial o fez também por sorte, não porque merecia. Felipe mereceu bem mais. Todo ano era mais competente que Kimi e para ele era fácil derrotá-lo.
JOVEM PAN: Mas e agora com Alonso?

JACQUES VILLENEUVE: O problema é que Alonso chegou e muito rapidamente ganhou poderes dentro da Ferrari. Quando isso acontece, gera uma energia que as pessoas da equipe colocam dentro de você, neste caso, em Alonso. Parece que se o carro vencer, só será com ele. Isso cria uma energia que ajuda ou uma situação difícil ao outro piloto que tem de trabalhar dobrado quando funciona assim. É o que Felipe tem de fazer. Velocidade ele tem. É capaz de guiar forte, capaz de trabalhar no carro. Quanto a isso não tenho dúvidas. Agora, ele precisa fazer ainda mais, porque o time é de Alonso, o que é normal, porque ele é bicampeão do mundo. É a lógica. Se seu companheiro é bicampeão do mundo, é normal que o time se concentre em apenas um.

JOVEM PAN: Ano passado Felipe deixou Alonso ultrapassá-lo para vencer o GP da Alemanha. Sua imagem ficou bastante arranhada após o episódio no Brasil. O que você comenta sobre isso?

JACQUES VILLENEUVE: Fernando estava na frente no campeonato. O balanço não existia, havia um desequilibrio naquele momento. Isso não mudou nada. Se Felipe estivesse na frente aconteceria o contrário. É assim, é normal.

JOVEM PAN: O que diria aos torcedores brasileiros que após aquele incidente o definem como um perdedor?

JACQUES VILLENEUVE: Não, por quê? Venceu corridas e quase venceu um campeonato, talvez dois. É um grande piloto. Está agora mesmo pilotando forte com uma Ferrari. Não entendo as pessoaos que o criticam. É como as pessoas que agora criticam o Michael (Schumacher); para mim estúpidas.

JOVEM PAN: Você acha que foi um erro Schumacher retornar à F-1?

JACQUES VILLENEUVE: Por que? De forma alguma. Não entendo porque todo esse barulho em relação ao seu retorno. Parece que ele é uma piada, mas não é. Ele anda na maioria dos casos no mesmo ritmo de seu companheiro. Não o vejo tomando dois segundos por volta. O tempo passou, ele envelheceu, mas continua rápido. Acho uma discussão bem estúpida da imprensa e de torcedores sobre a volta de Michael. O cara é sete vezes campeão do mundo. Ninguém consegue isso do nada. Questioná-lo é ridículo. E para a Fórmula 1 é ótimo tê-lo. É muito melhor para os jovens pilotos disputarem com um sete vezes campeão do mundo do que com um piloto qualquer. Pensem, ele está ganhando um bom dinheiro, se divertindo muito e andando rápido. É bem melhor isso do que ficar em casa assistindo televisão.


JOVEM PAN: O Brasil corre risco de ter alguns problemas em relação à renovação de pilotos na F-1, porque faltam investimentos e a próxima geração não parece capaz de alcançar a categoria após Rubens e Felipe. E os pilotos do Canadá?


JACQUES VILLENEUVE: (risos) Não há a mais remota possibilidade de vermos um piloto canadense em curto prazo na F-1. Não temos nenhuma boa categoria. Bem, vivemos a Nascar, mas ela é fraca lá. Com a falta de desenvolvimento em categorias, não há como alguém conseguir chegar em uma categoria TOP como a F-1.



JOVEM PAN: Seu pai até hoje é considerado uma das maiores lendas da Fórmula 1. Como foi administrar o orgulho de um pai que é um mito do esporte e a dor de vê-lo falecer precocemente?

JACQUES VILLENEUVE: Não houve problema. Ele morreu, eu tinha 12 anos, chorei por uma, duas semanas e é isso. A vida segue. Tenho um super-orgulho de ter um pai como ele e acho que as coisas que ele fez são inesquecíveis.
(SÃO PAULO 04/08/2011)

sábado, 2 de julho de 2011

Ayrton Senna - O Gênio que os internautas não esquecem...

Meu "Deus" será que da para vocês deixarem o Ayrton Senna descansar em paz....o Kara era um dos melhores da F1.....ponto final. Essa é a forma que achei para voltar a escrever em meu blog, o meu cotidiano está muito corrido e não estou tendo tempo de falar sobre meus pensamentos por aqui.

Mas vamos lá, estava lendo um post na coluna do Flávio Gomes, jornalista que acompanhou a F1 nos anos 80, e ele falava sobre um video do Ayrton juntamente com seus engenheiros. Depois venho vários comentários dos internautas sobre o tema, uns falando mal, outro defendendo.





Essa eterna briga entre quem foi o melhor Piquet ou Senna, nunca fai acabar para os fãs mais exaltados. Eu acompanhei os dois, e sempre torci mais para o Piquet, mas nunca deixei de admiram os grandes pilotos, como própio Senna, o Lauda, Gilles Villeneuve, Keke Rosberg, Alain Prost, Mansell, Didier Pironi, todos grandes pilotos.
 




Para mim, os Gênios da F1, o piloto tem que ser campeão dos campeões ou seja ser pelo menos Bi-Campeão entendeu moçada.... Vamos tirar desta lista só o Mr. Farsa Michael Schumacher que não deixa seus companheiros competirem contra ele....




 
Vamos curtir a nova geração de Gênios da nova Fórmula 1 internautas; Lewis Hamilton, Sebatian Vettel.  
E quem sabe Nico Rosberg, Bruno Senna e se tiver outra oportunidade Nelsinho Piquet...

Sonhar não custa NADA mesmo.....

sábado, 9 de abril de 2011

Jacques Villeneuve completa 40 anos


Como sou um grande fã deste Piloto, foi republicar a biografia dele do site Podium GP que ficou muito legal.

Hoje, ele comemora um marco da sua vida. Ao entrar nos quarentas, Jacques Villeneuve tem uma carreira verdadeiramente preenchida, embora a sua vida pós-Formula 1 seja mais uma semelhante a de um saltimbanco, mais pelo prazer de conduzir do que pelo objetivo de alcançar títulos, dado que tudo aquilo que queria fazer, conseguiu muito cedo na sua carreira. Primeiro as 500 Milhas de Indianápolis, depois o título mundial de pilotos, algo que o seu pai tentou e nunca teve tempo para o alcançar. Pode-se dizer que se libertou da sombra do pai, mas os criticos dirão que depois da Formula 1, desperdiçou o seu talento em outras categorias, como a NASCAR ou Speedcar Series. No dia do seu 40º aniversário natalicio, falo de Jacques Villeneuve.
Jacques Joseph Charles Villeneuve nasceu a 9 de abril de 1971 em St. Jean Richelieu, no Quebec, a província francófona do Canadá. Filho do mítico Gilles Villeneuve e de Joanne Villeveuve, para além de ser o sobrinho de Jacques Villeneuve Sr., cresceu no meio automobilístico, já que a família vivia numa “motorhome” que o levava para os circuitos europeus, enquanto que vivia no resto do ano no Mónaco. Após a morte do pai, em maio de 1982, foi para um colégio interno na Suiça e aos poucos, demonstrou o seu interesse pelo automobilismo. Depois de uma passagem pela Jim Russel Racing School, no circuito de Mont Tremblant, no Canadá, aos 17 anos, em 1988, começou a correr em monolugares pela Formula 3 italiana, sem grandes resultados. Em 1992, com 21 anos, foi correr para o Japão, onde foi vice-campeão de Formula 3 local, ganhando três corridas.
Isso foi o suficiente para que no ano seguinte rumasse para os Estados Unidos, onde foi correr para a Formula Atlantic, vencendo cinco corridas e acabando a temporada na terceira posição. Em 1994, passou para a CART, correndo na equipa Forsythe-Green, e começou logo a impressionar na terceira prova do ano, as 500 Milhas de Indianápolis. Demonstrando rapidez e maturidade, terminou a corrida no segundo lugar, sendo o “Rookie do Ano” nessa corrida e determinado em alcançar mais alto. A sua primeira vitória veio em setembro, no circuito de Road America. Acabou essa temporada no sexto lugar, com honras de “Rookie do Ano” no campeonato.

Em 1995, A Forsythe virou Team Green e Villeneuve partiu ao assalto do cmapeonato. Aos 24 anos, venceu a primeira prova do ano, em Miami e conseguiu logo a seguir o que queria: vencer as 500 Milhas, tornando-se no primeiro canadiano a fazê-lo na história da prova. Para além disso, voltou a vencer em Road Atlanta e em Cleveland, conseguiu mais três pódios e no no final da temporada, ganhou o campeonato CART.
Foram esses resultados, aliados com a reputação do seu pai que fizeram com que Frank Williams desse uma oportunidade para testar este jovem talento de 24 anos no final de 1995. Depois de ter ficado impressionado com as suas performances, assinou um contrato de três épocas para tripular os seus carros. E assim, um dos apelidos mais míticos da Formula 1 estava de volta.
O seu começo, no GP da Austrália de 1996, em Melbourne, foi impressionante: fez a pole-position, liderou até a doze voltas do final, altura em que teve que deixar passar o seu companheiro de equipa Damon Hill – outro filho de campeão – devido a uma fuga de óleo. Terminou em segundo, mas a sua exibição tinha relembrado aos mais velhos o estilo do velho pai.
Quatro provas mais tarde, em Nurburgring, Jacques Villeneuve ganhou o GP da Europa, a sua primeira prova na Formula 1, aguentando a pressão de um Michael Schumacher no inicio da sua longa carreira na Ferrari. Iria ganhar mais três corridas, na Grã-Bretanha, Hungria e Portugal – onde fez uma espectacular ultrapassagem a Michael Schumacher por fora na Parabólica – subiu ao pódio por onze vezes, fez três “pole-positions” e seis voltas mais rápidas, terminando a temporada como vice-campeão do Mundo, com 78 pontos.
Em 1997, Damon Hill transfe-se para a Arrows, numa manobra que muitos poucos entanderam, e Jacques Villeneuve torna-se no primeiro piloto da equipa, que trabalha no sentido de o levar ao Campeonato do Mundo, contra um Michael Schumacher que faz na Ferrari um chassis capaz de disputar o titulo mundial que há muito não acontecia nos lado de Maranello. Ganha sete provas, faz dez “pole-positions” e é o homem mais rápido em pista por três vezes. Contudo, foi uma luta corrida a corrida com Michael Schumacher, e este conseguiu levar a decisão do título até à última prova do Campeonato, no circuito andaluz de Jerez de la Frontera.
 
Nesse dia, depois de no dia anterior três pilotos terem feito o mesmo exato tempo na qualificação, o alemão larga melhor na partida e Villeneuve persegue-o, numa batalha que terminou na volta 48, mais precisamente na curva “Dry Sac”, onde o piloto alemão tentou impedi-lo numa manobra que muitos consideraram como ilegal. Contudo, tal manobra não resultou e Schumacher foi obrigado a abandonar. Mais tarde, a FIA desclassificou-o, tirando-lhe o segundo lugar do campeonato, e assim Jacques tornava-se no segundo filho de piloto vencedor de Grandes Prémios a tornar-se Campeão de Mundo, um ano depois de Damon Hill.
Em 1998, defender o título foi complicado. A Renault tinha-se retirado da competição, mas os seus motores eram preparados pela Mechachrome, e a competitividade não foi mais a mesma. Para além disso, a McLaren surgiu como potência entre Williams e Ferrari, e Villeneuve não conseguiu mais do que dois terceiros lugares na Grã-Bretanha e na Alemanha, terminando em quinto lugar do campeonato, com 21 pontos. No final desse ano, e respondendo ao convite do seu “manager” Craig Pollock, decide ingressar na nova equipa dele: a British American Racing (BAR).
Contudo, 1999 foi um ano desastroso para a equipa. Cheia de dinheiro para desenvolver um carro campeão, a teporada ficou marcada por erros, acidentes, azar e os defeitos de uma estrutura estreante que saltaram à vista em algumas corridas. No final, fizeram com que Jacques Villeneuve não marcasse um unico ponto em toda a temporada, passando do Céu ao Inferno em duas temporadas! Nem o seu pai foi capaz de uma coisa destas…
Para 2000, as coisas melhoraram um pouco. Aprendidos os erros da temporada passada, e agora com motores Honda, o carro ficou mais fiável, as performances melhoraram. Mesmo sem pódios, conseguiu pontuar por sete vezes, conseguindo em quatro corridas o quarto lugar. No final do ano, obteve dezassete pontos e um sétimo lugar no Mundial de Condutores. No ano seguinte, conseguiu por fim chegar ao pódio em duas corridas, Barcelona e em Hockenheim. E em ambos foi no terceiro lugar. No final da época, consegue manter o sétimo lugar, mas com doze pontos.
A partir de 2002, as performances de Jacques Villeneuve foram decrescendo. As boas exibições ficaram cada vez mais espaçadas, e as corridas nos pontos também. No final desse ano, conseguiu somente quatro pontos, em 2003 obteve mais seis. Desmotivado, antecipa a sua saída da BAR no final desse ano e decide tirar um período sabático.
Contudo, esse periodo termina no final de 2004, quando Flávio Briatore contrata Villeneuve para correr pela Renault nas três provas finais desse ano, em substituição do italiano Jarno Trulli, que tinha se zangado com Briatore e antecipado a sua ida para a Toyota. Ao lado de Fernando Alonso, a oportunidade não foi aproveitada e Villeneuve não pontuou nessas três corridas.
Mas isso foi o suficiente para que Peter Sauber lhe oferecesse um contrato de duas épocas para correr na sua equipa. Se no primeiro ano, Villeneuve assinou boas exibições com nove pontos e o 14º lugar no Campeonato, em 2006, já com a Sauber a correr sobre a capa da BMW, Villeneuve era claramente inferior ao seu companheiro de equipa, o alemão Nick Heidfeld. A marca alemã mantêm o canadiano no inicio do ano, mas após uma lesão sofrida no GP da Alemanha, as duas partes decidiram que o melhor era rescindir amigavelmente o contrato que os ligava. Para substitui-lo, entrou o polaco Robert Kubica.
No final, o seu palmarés na Formula 1 ficou assim ordenada: 165 Grandes Prémios, em onze temporadas, onze vitórias, treze pole-positions, nove voltas mais rápidas, 23 pódios, e o título de Campeão do Mundo em 1997.
Após a Formula 1, Jacques Villeneuve dividiu-se entre a Europa e a América. Nos circuitos europeus, Villeneuve foi ocrrer pela equipa oficial da Peugeot na Le Mans Series, especialmente nas 24 horas de Le Mans, a unica mítica prova que lhe falta conquistar. Depois de ter desistido em 2007, acabou a corrida de 2008 na segunda posição. Nos Estados Unidos, Villeneuve participou quase todas as categorias da NASCAR, desde a Truck Series até à Nationwide Series, passando pela série canadiana, sem resultados de relevo. Para além disso, participou em três corridas da argentina Top Race V6 e na Speedcar Series, uma série efémera feita entre 2008 e 2009, também sem resultados de relevo.

Em 2009 e 2010, Villeneuve voltou a pensar na ideia do regresso à Formula 1, através da tentativa da Stefan Grand Prix em entrar. Villeneuve namorou bastante com a ideia, mas depois a FIA recusou a entrada do misterioso empresário sérvio. Alguns meses depois, Villeneuve aliou-se à italiana Durango para o projeto da 13ª equipa no pelotão da Formula 1, projeto esse que esbarrou na decisão da FIA de não aceitar qualquer um dos projetos que exisitiam para a temporada de 2011.
Para finalizar, em termos de familia, Jacques já foi casado uma vez, entre 2006 e 2009. com Johanna Martinez, do qual teve dois filhos: Jules (nascido em 2006) e Jonas (nascido em 2007).

Imagens: Arquivo Cahier, LAT, Motorsport.com, Autosport.com Publicado  09/04/2011

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Lotus Voltou...será?

Olá amigos e fãs da Fórmula 1, estou de volta depois de uma pausa, para refletir sobre essa briga da nova lotus Renault e da Team Lotus da Malásia. Fico me perguntando como deveria estar vendo esta situação lá de cima o saudoso Colin Chapman.

Depois de uma falsa impressão que  o um Senna voltaria a pilotar uma Lotus Renault preta e dourada, vamos deixar de lado o sentimento do torcedor e esperar que até o fim do ano o Bruno possa realmente estréia na categoria maxima do automobilismo mundial, e logico que isso vai depender se o Nick Heidfeld piloto escolhido para substituir o acidentado Robert Kubica não ande tão bem quanto a equipe espere, ai quem sabe.....

Agora sobre a disputa pelo uso do nome da Lotus, acho que a Proton leva por ter comprado os direitos de uso da familia, agora o Sr. Teixeira quer mesmo ao meu ver e ganhar algum dinheiro extra para ajudar nas despesas da temporada deste ano, bom este mês a corte na Europa vai resolver essa situação e quando começar a temporada da F1 na Austrália, teremos somente uma lotus...vamos esperar pelo resultado.

Enquanto isso, vamos lembrar um pouco da bela história da Equipe Lotus que recebeu nossos três campeões mundiais na F1 Fittipaldi, Senna e Piquet.

A Herança da Lotus



A história da Lotus começou quando Chapman, um engenheiro inglês que foi piloto da Força Aérea Britânica, resolveu construir carros esporte no começo da década de 50, enquanto disputava algumas corridas. Como piloto, Chapman chegou a tentar a F1: esteve inscrito para o GP da França de 1956, com um Vanwall, acabou não largando porque destruiu o carro ao bater durante os treinos. Dois anos depois, o primeiro Lotus foi para a pista com os ingleses Graham Hill e Cliff Allison, o piloto que marcaria os primeiros pontos da nova equipe.

A Primeira vitória da Lotus aconteceria em 1960, em Mônaco, com Stirling Moss. Mas o sucesso total só começaria com um piloto que ainda estava começando: Jim Clark, que em 1963 daria o primeiro título mundial à Lotus. A parceria Clark-Chapman, por sinal, produziu muito mais que vitórias: entre  eles, nasceu uma sólida amizade. Clark foi o único piloto de ponta da F1 que jamais trocou de equipe. Seus 72 GP's, disputados entre as temporadas de 1960 e 1968, foram todas pela equipe Lotus. Clark e Chapman adoravam competir em qualquer coisa, desde rachas de rua até brincadeiras como subir escadas com apenas um pé.


Jim Clark e Lotus - Uma parceria que rendeu 2 títulos mundiais de F1, em 1963 e 1965

Essa amizade perdurou até a morte de Clark, em uma prova de F2 em Hockenheim, em 1968 - pilotando, claro, um Lotus. A morte de Clark, e dois anos depois a de Jochen Rindt ( seu Lotus espatifou-se na curva Parabólica de Monza ), fez Chapman evitar qualquer relação mais afetiva com seus pilotos. Mesmo assim, seus métodos deixavam claro o respeito que ele tinha por seus campeões. Segundo Emerson Fittipaldi, Chapman costumava jantar com seus pilotos após os dias de treinos, sempre procurando puxar a conversa para o acerto dos carros. Quando os pilotos chegavam ao autódromo no dia seguinte, já encontravam os carros com algumas das modificações sugeridas durante a noite anterior. Evidentemente, o lado político também era habilmente comandado por Chapman: para defender seus interesses, não hesitou em semear intrigas entre seus pilotos, como aconteceu com Emerson Fittipaldi e Ronnie Peterson, em 1973, e com Peterson e Mario Andretti, cinco anos mais tarde.

O título de Andretti, em 1978, seria o último da Lotus. No ano seguinte, a equipe começou a entrar em decadência e não conseguiu nenhuma vitória. A comemoração característica de Chapman quando um de seus pilotos ganhava uma corrida era ir pular a mureta dos boxes, ficar na beira da pista, na linha de chegada, e jogar o boné para cima enquanto o diretor de prova dava a bandeirada. Chapman fez esse gesto pela última vez no GP da Austria em 1982, uma corrida cheia de abandonos, que Elio de Angelis venceu com poucos metros de vantagem sobre Keke Rosberg da Williams. Foi o último vôo do boné: em dezembro daquele ano, era anunciada a morte de Colin Chpman.


Emerson Fittipaldi em 1972 - O primeiro brasileiro campeão mundial de F1

A ultima fase competitiva da Lotus durou entre 1983 e 1987. Gerard Ducarouge, que feito bons carros para a Ligier e a Alfa Romeo, foi contratado para projetar os Lotus e conseguiu manter a equipe em com nível técnico - ajudada, em boa parte, pelo talento de Ayrton Senna, que fez alguns milagres durante os três anos ( 1985 e 1987 ) em que esteve na equipe. Ducarouge, entretanto, pode ser considerado iminência parda no processo que levou à falência da equipe. Em 1988, Nelson Piquet, então campeão mundial, entrou no lugar de Senna, com as melhores perspectivas possíveis: a equipe tinha os poderosos motores Honda turbo e um polpudo patrocínio da Camel. Só que o projeto do modelo 100T, projetado por Gerard Ducarouge, contrariava até as especificações recomendadas pelos técnicos da Honda. Enquanto a McLaren ( única outra equipe tinha motores Honda naquele ano e ganhou 15 GP's dos 16 GP's, a Lotus debatia-se com um carro impossivel de ser acertado e que, na definição de um jornalista inglês, "tinha a rigidez estrutural de uma casquinha de sorvete molhada". Sem conseguir mais que três suados terceiros lugares, Piquet terminou o campeonato em 6º Lugar e Ducarouge foi demitido antes do final do ano.
Era o começo do fim. Ainda no final de 1988, a Lotus perdeu o motor Honda. No ano seguinte, Piquet e Satoru Nakajima não conseguiram se classificar para o GP da Bélgica e, pela primeira vez, a Lotus ficava ausente de um grid por insuficiência técnica. No final do ano, Piquet deixou a equipe. Terminada a temporada de 1990, era a Camel quem saía da Lotus. Sem nenhum grande patrocinador, as dívidas começaram a pesar em 1991, embora as duas temporadas seguintes tenham dado esperanças graças a um carro novo e ao talento de pilotos como Mika Häkkinen e, depois, Johnny Herbert. Só ilusão: as dívidas aumentaram de forma insuportável e, em 1994, a Lotus teve pilotos de aluguel e aceitou qualquer dinheiro pingado, sem que isso tirasse o balanço do vermelho. Passou de mão em mão, até David Hunt decretar o ponto final na história da equipe que tenta, aos poucos, ressurgir nas mãos dos malaios.

Outros Campeões pela Lotus Grand Prix

Graham Hill, campeão pela Lotus em 1968 ao lado de Jim Clark

Mario Andretti, americano de origem italiana foi campeão em 1978.





ACBC. Essas letras, que aparecem no emblema da Lotus, são do inglês Anthony Colin Bruce Chapman, um dos mais criativos e polêmicos chefes de equipe de todos os tempos. Nascido em 19 de maio de 1928, Chapman era engenheiro aeronáutico e envolveu-se com o automobilismo como piloto, ao mesmo tempo em que fabricava seus carros. Só parou de correr quando a Lotus estreou na F1 em 1958. Entrou para a história pelas vitórias ( incluindo a de Jim Clark nas 500 milhas de Indianápolis de 1965 ) e também pela originalidade no projeto de seus carros. 

A morte de Chapman, entretanto, ainda é cercado de mistérios. Oficialmente, ele morreu em 16 de dezembro de 1982, ao sofrer um ataque cardíaco fulminante.Mas a sensacionalista imprensa italiana levantou dados que apontam para a hipótese de Chapman ter forjado sua morte para escapar de complicações com a justiça britânica. A Lotus estava envolvida no projeto do DMC, um carro de rua fabricado pelo executivo norte-americano John de Lorean. A DMC teve ajuda financeira do governo britânico, mas passava por sérias dificuldades financeiras. Na mesma época da morte de Chapman, De Lorean foi preso em flagrante por tráfico de drogas - uma tentativa desesperada de salvar a DMC. Dizem que o corpo de Chapman não foi visto por ninguém, além de sua mulher, Hazel, e do médico que fez a autópsia. Hazel esteve no GP do Brasil de 1983 e aproveitou para fazer turismo. Mas, segundo Emerson Fittipaldi, ela havia destestado o Brasil quando esteve no país, dez anos antes. Isso, mais o fato de o Brasil ser, na época, um dos poucos países que transmitiam todos os GP's ao vivo e na íntegra, foi suficiente para se supor que Chapman estaria refugiado em algum canto do Brasil! Toda essa trama jamais foi confirmada ou desmentida.
 
Lotus Grand Prix em números:
( 1958 - 1994 )
GP's disputados: 49
Vitórias: 79
Títulos Mundiais: 6
Títulos Construtores: 7
Poles Positions: 107
Melhores Voltas: 71

Parte do Texto extraído da Revista Racing
Ano 3 - Nº 2 - Ed. 19
Por Luiz Alberto Pandini

Abraço a todos e até a próxima amigos e fãs da F1.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A OPORTUNIDADE ESPERADA NA F1 POR BRUNO SENNA

Amigos e fãs do automobilismo, vocês sabem porque o Vettel e o Hamilton são campeões e ídolos na F1?

Resposta rápida, porque o Sr. Ron Denis e o Dietrich Mateschitz deu a 1º oportunidade para os garotos.

Depois do terrivel acidente com o grande piloto Robert Kubica, acho que agora chegou a vez do Bruno Senna, ele que já tinha perdido uma grande chance em 2009, não poderia perder essa, somente assim poderemos conhecer seu real talento.

Fico olhando os sites especializados em F1, e já estou cansado de jornalistas ficarem falando de pilotos totalmente sem graças como esse Heidfeld, Liuzzi, De La Rosa, que nunca ganharam uma corrida na F1 e quer tirar a oportunidade de uma jovem promessa só por causa da experiência….

Até mesmo o Sr. Barrichello esta na Williams se segurando por conta disso e tirou a vaga do Nico, pois tiveram que contratar o Pastor com dim dim, mas ele é o atual campeão da GP2 merece um crédito ainda.


Chega….Chega destes pilotos….Quer experiência trás de volta em o kimmi, o Jacques Villeneuve que são campeões….não esses pé de breques…

Para mim até mesmo o Nelsinho Piquet é melhor piloto que esses Heidfeld, Liuzzi, De La Rosa, mas é claro que na Renault não daria certo, mas quem sabe na equipe Williams, mas...aposenta logo Rubinho…!

Obs: Nada contra o grande Rubinho, mas depois que ele tirou o pé, parei de torcer para ele, assim como o Massa.

Nesta tarde de quarta-feira (9), a Lotus Renault anunciou o seu cronograma para os testes de Jerez, que começam quinta-feira e se encerram no domingo.

A equipe confirmou que Vitaly Petrov fará os dois primeiros dias de treinos. Nos últimos, dois, Bruno Senna e Nick Heidfeld vão para a pista.
.. ou seja querem fazer pressão no Bruno para saber como ele vai se sair...o que não entendo é para que confirmou ele como terceiro piloto, se estão mostrando que nem eles tem certeza....é brincadeira esse tal de Eric Boullier, chefe da equipe.


Vou torcer para o Bruno Senna mostrar que já poderia ter estreado em um carro vencedor desde 2009, mas parece que as curvas do caminho do sucesso dele na Fórmula 1 são mais longas.

Sucesso Bruno.....que o Senna esteja com você neste fim de semana.

Resumindo....o que quero falar….é...

Oportunidade…. para quem mereça….Força Bruno.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Nelson Piquet, "O Campeão dos Campeões"

Nelson Piquet, O Campeão dos Campeões

Neste meu novo poste vou falar de um Tri-Campeão da Fórmula 1 que para muitos é o "Campeão dos Campeões". Quando eu tinha 11 anos eu estava no sofá da minha casa torcendo muito para o Nelson Piquet, foi meu 1º ídolo na categoria, ele é um personagem que: Ou você adora ou odeia....eu sou seu grande fã.Parte do texto foi extraido de seu histórico que encontrei na internet assim como as fotos, boa leitura. 

Nelson Piquet Souto Maior nasceu a 17 de Agosto de 1952 no Rio de Janeiro, Brasil. Nelson, filho de Clotilde Piquet e de Estácio Souto Maior, Ministro da Saúde durante o governo de João Goulart, viveu grande parte da sua vida em Brasília depois da fundação da cidade em 1960.

Nelson hesitou sobre o seu futuro quando era jovem. Ele pensou seguir engenharia, ténis e automobilismo. Contudo, aos 14 anos já participava em corridas de Kart e desejava fazer parte deste mundo no futuro. Foi depois de uma vitória sobre o seu pai num jogo de ténis que decidiu competir em Kart.
No início, Nelson trabalhou na Camber, uma empresa de Alex Dias Ribeiro. Durante esse período Piquet reconstruiu um protótipo para Ribeiro competir na Divisão 3, Classe A. Neste Volkswagen Nelson venceu 7 das 8 corridas do campeonato brasileiro de protótipos.

Piquet foi coroado campeão brasileiro de Kart em 1971 e 1972. A sua estreia em competição foi mantida em segredo da sua família. Devido a isso, colocou o nome Piket no seu carro, para não ser reconhecido.
Em 1976 sagra-se campeão brasileiro da Formula Super V. No ano seguinte, tenta a sua sorte na Europa apadrinhado pela família Prado. Em 1978, disputou o campeonato britânico de F3, onde se sagrou campeão conquistando sete vitórias consecutivas na categoria. No mesmo ano, estabelece o seu primeiro contacto ao volante de um F1 em Silverstone, testando para a McLaren. Ele faz a sua estreia aos comandos de um Ensign-Cosworth no GP Alemanha (Hockenheim). Disputa ainda 3 Grandes Prémios com a McLaren antes de se ligar contratualmente com a Brabham no Canadá.

Bernie Ecclestone, chefe da equipe Brabham, assina de imediato Nelson por 4 motivos: a sua incrível rapidez, não cometer erros, pelas ideias revolucionárias que introduziu na F3 e por um magro contrato de 3 anos mesmo para aquela época. Na Brabham, Piquet aprendeu muito com Niki Lauda, seu colega de equipa. Quando o austríaco se retirou no final de 1979 Piquet tornou-se no primeiro piloto da equipa.

Em 1980, perde o campeonato para Alan Jones (Williams-Ford) depois de uma longa e árdua disputa, por vezes demasiado árdua quando Alan decide o título a seu favor colocando o jovem Piquet fora de prova. Foi ainda em 1980 que no GP Estados Unidos em Long Beach vence a sua primeira corrida de F1. Em 1981, ainda com a Brabham, conquista o seu primeiro título de Campeão do Mundo, batendo Carlos Reuteman por um único ponto na última corrida da temporada em Las Vegas.

Piquet gosta de relembrar um episódio envolvendo Carlos Reuteman em 1974. Quando o jovem Nelson trabalhava para a Brabham de "graça" ele limpou o capacete do argentino. Depois de Nelson ter acabado o serviço, Reuteman disse: "Rapaz, tu não serves nem para limpar um capacete!" Quando Piquet conquistou o seu título relegando Carlos para o 2º lugar, Nelson vira-se para Reuteman e diz: "Eu não sirvo para limpar o teu capacete mas talvez tu possas limpar o meu que é de Campeão do Mundo!".

A época de 1982 foi uma temporada de desenvolvimento para a Brabham e a BMW, preparando-se para assaltar o título de 1983. Contudo, há um episódio ocorrido em Hochenheim durante o GP Alemanha que ninquém esquece, quando Nelson liderava a prova e preparava-se para dobrar Eliseo Salazar numa das chicanes do circuito, o chileno fecha a porta e põe Piquet fora de prova. 

Claramente, Piquet lembrava-se do acidente sofrido por Didier Pironi na sessão de qualificação onde o francês foi transportado para o hospital com várias lesões. Para além disso, ele assistiu à morte do seu amigo Gilles Villeneuve em Zolder umas semanas antes, numa altura em que Nelson criticava severamente a Ferrari acusando a equipa de Maranello de fazer correr "caixões com rodas".

Depois do acidente Piquet caminhava a pé para as suas boxes quando de repente uma carrinha aparece para o apanhar. No entanto, quando se apercebe que Salazar é um dos passageiros, Nelson recusa-se a entrar. De imediato, a discussão ficou de novo acesa entre os dois, tentando Piquet tirar Eliseo para fora. Para acalmar os ânimos o motorista sai da carrinha. Mas antes de conseguir falar com qualquer dos dois, Nelson salta para o lugar da frente e arranca deixando para trás tanto Salazar como o motorista.
10 anos depois, um engenheiro da BMW revela a Piquet que o seu motor iria partir-se duas voltas depois da colisão. A sua reacção foi imediata: "o acidente com o Eliseo foi a melhor coisa que podia ter acontecido à BMW porque evitou a vergonha de ver o seu motor explodir em pleno GP da Alemanha. O brasileiro tentou imediatamente encontrar o telefone do chileno para lhe contar a novidade.

Quando conquistou o seu 2º título mundial em 1983, Piquet tornou-se no primeiro piloto campeão com um motor turbo. Um facto curioso é que tanto em 81 como em 83, Nelson teve que recuperar a desvantagem pontual na última corrida para se sagrar campeão do mundo. Mas nem sempre foi fácil, quando os seus adversários o colocavam fora de prova. Em 1984, Piquet era claramente o piloto mais rápido do Mundial de F1 mas os problemas de fiabilidade do seu Brabham-BMW deixaram-no sem hipóteses para conquistar o tri-campeonato, contudo a sua rapidez foi bem patenteada nas 9 poles positions conquistadas ao longo da época, o que lhe valeu outras tantas "scooters", prémio para quem conquistasse o melhor tempo na sessão de qualificação. A temporada de 85 foi ainda mais frustrante, Piquet obteve apenas uma vitória em Paul Ricard no GP França, muito graças à sua condução e aos pneus Pirelli que aguentaram toda a distância da corrida.

Durante a época, Piquet assina um contrato com a Williams-Honda para 1986. Contudo, depois do trágico acidente de Frank Williams que o deixa paraplégico, a equipa perde o rumo e liderança. Como consequência, o título é conquistdo por Alain Prost no seu McLaren-Tag Porsche na última prova em Adelaide, ambos os pilotos da Williams, Piquet e Mansell, retiram pontos preciosos um ao outro em lutas fraticidas deixando caminho para o francês conquistar inesperadamente o seu 2º título consecutivo.
No ano seguinte tudo corre de feição a Piquet, conquista o seu tri-campeonato por uma grande margem sobre Nigel Mansell. O inglês era o seu alvo preferido de partidas, uma prática que gerou alguns conflitos entre os dois, dentro e fora das pistas. 

No decorrer dos treinos de qualificação do GP do México e quando Nigel sofria de problemas de estômago por ter comido demasiada comida mexicana apurada na noite anterior, numa das suas correrias à casa de banho a meio do treino, Nelson apercebe-se do sucedido e esconde-lhe o papel higiénico, o que por certo deixou o britânico a rugir como um leão.

Outro alvo das suas brincadeiras era o presidente da FIA, Jean-Marie Balestre. Durante um briefing de pilotos em Paul Ricard, enquanto Balestre fazia o seu discurso, Nelson aproxima-se com muito cuidado do presidente e cuidadosamente entorna-lhe uma garrafa de água mineral no bolso esquerdo do casaco, quando a água começa a escorrer pelas pernas nem mesmo o todo poderoso presidente evita uma gargalhada enquanto todos os outros pilotos há muito não conseguiam conter as suas gargalhadas.
Apesar dos momentos divertidos, Piquet teve que lutar muito com Mansell em 87, chegando mesmo a encontrar inimigos no seio da equipa, Nelson sabia que a equipa queria um inglês campeão do mundo. 

O grave acidente de Piquet nos treinos para o GP São Marino não ajudou em nada, provocando uma grande instabilidade no sono do piloto que apenas conseguia dormir 3 a 4 horas por dia. Contudo, o seu talento e destreza faz superar o mau momento e vence o campeonato em grande estilo.

Outro acontecimento curioso deu-se precisamente depois do acidente em Imola. No Sábado, Piquet deixou por si mesmo o hospital contra indicações médicas e foi encontrar-se com o professor Sid Watkins nas boxes, pedindo-lhe para o deixar correr. O teor da conversa foi no mínimo hilariante:
Prof. Sid Watkins: "Nelson, não posso deixar-te correr porque tens um traumatismo crâneano."
Piquet: "Como sabe?"

Prof. Sid Watkins: "Nelson, só tens calçado um sapato e esqueceste-te do outro."
Piquet: "Não esqueci não, não consigo calçar o outro porque tenho o pé inchado."
Por esta altura muitos acusaram Sid Watkins de favorecer Mansell ao deixar Piquet fora da corrida italiana.

Cansado das guerras internas no seio da Williams, Piquet precipita-se e comete o maior erro na sua carreira ao assinar pela Lotus para 88 e 89 apesar do contrato multimilionário. Foi a primeira vez desde 1980 que não venceu uma única corrida na época. Volta a saborear o gosto da vitória apenas em 1990 no GP do Japão, em Suzuka, ao volante de um Benetton-Ford. 

Foi uma vitória importante pois foi a primeira dobradinha da equipa com Roberto Moreno em segundo lugar, substituindo o acidentado Alessandro Nannini a recuperar da queda de helicópetro que sofrera uma semana antes e que lhe havia decepado um braço. No GP seguinte, na Austrália, volta a vencer, também esta uma vitória histórica pois foi o vencedor do 500º GP do Mundial de F1. Em 1991, ainda com um Benetton-Ford, completa a sua carreira na F1 com uma vitória no GP Canadá.

Piquet teve um papel extraordinário de desenvolvimento na F1, o maior gozo para ele era desenvolver carros vitoriosos, dedicação que lhe valeu um brilhante palmarés em 204 GP's. Das inovações salientam-se os famosos cobertores térmicos para os pneus para terem uma melhor resposta nas primeiras voltas, e a regulação das barras de travões dentro do cockpit. Fruto desse desenvolvimento foi por três vezes Campeão do Mundo de F1 cada uma delas com 3 motores diferentes: Ford, BMW e Honda.

Depois da F1, Piquet estabelece um novo objectivo em 1992, as 500 Milhas de Indianápolis. Mas numa sessão de treinos uma falha mecânica traiu o campeão e colocou o seu Lola-Buick do Team Menard no muro de betão da famosa oval. Nelson sofreu um traumatismo crâneano, uma perfuração no tórax e graves lesões nas pernas e pés. Parecia o fim de uma brilhante carreira, mas um ano volvido, e depois de uma lenta e penosa recuperação, regressa a Indianapolis para acabar o que tinha deixado a meio no ano anterior. Porém, o motor Buick que equipava o Lola não o deixa passar do primeiro terço da prova, partindo-se em plena recta. Ainda em 1993 monta uma equipa de F3000 para fazer o correr o seu afilhado, o monegasco Olivier Beretta. 

Desde 1993, Nelson Piquet apenas corre para se divertir em eventos como as 24 horas de Le Mans e Spa-Francorchamps e em provas do campeonato brasileiro de turismos. A ligação com a BMW está sempre presente. Ainda correu na "Temporada" GT com um McLaren-BMW F1-GTR e em algumas provas do campeonato SudAm de F3, correndo no seu circuito em Brasília. A sua principal ocupação agora é ajudar a desenvolver o automobilismo de competição no Brasil e transmitir todos os seus conhecimentos para os jovens pilotos. Outra actividade corrente do Piquet é gerir a Autotrac, uma empresa de rastreamento de camiões através de satélite.

A dinastia Piquet nas pistas não vai acabar, o seu talentoso filho, Nelson Ângelo Piquet foi Tri-campeão brasileiro de Kart, Campeão da F3 Sul-Americana (2002) e Inglesa (2004), em 2005 e 2006 participou da GP2 sendo Vice-Campeão nesta última perdendo o título para Lewis Hamilton, entrou na F1 em 2008,  e teve uma conturbada passagem na equipe Renault, o que o fez deixar a categoria no meio da temporada de 2009. Neste ano de 2011 se prepara para participar da Nascar Truck Series no automobilismo dos EUA.
Eu particularmente espero que o Nelsinho Piquet tenha outra oportunidade na Fórmula 1, afinal ele não tem como mudar o passado, mas tem como escrever um novo final de sua carreira na F1...quem sabe com um título....disse a ele via Twitter vai em busca de seu sonho de criança, você tem talento e pode, quem sabe o recomeço não possa ser na equipe Williams, afinal o Rubinho deve para este ano....vá a luta garoto, torcida não falta.

Voltando a Tri-Campeão, ele é considerado como um dos melhores pilotos de F1 de todos os tempos, Nelson Piquet espalhou o seu talento, velocidade, alegria e conhecimento nas pistas de todo o mundo durante décadas, deixando milhares de espectadores maravilhados.

Os seus momentos mágicos deste grande Tri-Campeão jamais serão esquecidos…

Parabéns Nelson Piquet, meu "Campeão dos Campeões"

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nelsinho Piquet e sua atitude de Campeão

Neste mês de Janeiro, estamos vendo noticias sobre a tragédia da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro que sensibilizou todo o Brasil, incluindo o jovem piloto Nelsinho Piquet.

O piloto se mostrou solidário aos milhares de desabrigados por conta das enchentes que assolam a região, e através do Twitter, criou uma campanha para arrecadar dinheiro e alimentos não perecíveis em prol das vítimas dos deslizamentos.

Através de sua conta no microblog @NelsonPiquet , Nelsinho prometeu contribuir com o dobro do que for arrecadado na campanha.

O piloto da Truck Series divulgou os endereços para doações. No site do PayPal, o endereço é donate4rio@gmail.com. Já no sistema Pag Seguro, o e-mail para doações é doeparaorio@gmail.com.

Vou estrear meu Blog do Pantanal até a Fórmula 1 com este grande gesto de Campeão deste garoto que na minha opinião merece outra chance na F1.
Campo Grande-MS 18/01/2011